domingo, 23 de agosto de 2015

MITO DA CRIAÇÃO E VARIEDADES

O Mito da Criação






Na mitologia iorubá, o deus supremo é Olorum, chamado também de Olodumare. Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence na qualidade de criador de tudo o que existe em todos os nove espaços do Orun.
Há algumas variantes do mito da criação iorubá, mas, de uma forma geral, há três principais raízes mitológicas, que ainda diferenciam-se em detalhes, mas que mantêm uma linha central.[1] [2]
Em algumas, Obàtálá é o criador, não só do mundo, como também da humanidade, criando simultaneamente, no òrun (mundo espiritual) e no ayé (mundo material).
Em outras, Òduduwà cria o mundo após Obàtálá falhar na sua missão por haver embriagado com o emu (vinho de palma), restando, a ele, o poder da criação da humanidade no òrun e no ayé.
Em outra variante, esta mais recente, é Òrúnmìlà (a divindade do oráculo Ifá) o criador da Terra, enquanto Obàtálá é o responsável pela criação da humanidade em ambos os níveis.



                                                  Foto de uma mascara nganga origem Congo


Na mitologia iorubá, Olodumare, também chamado de Olorum, é o Deus supremo do povo Iorubá, que criou as divindades, chamadas de orixás no Brasil e irunmole na Nigéria, para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas que não são considerados deuses e sim ancestrais divinizados após a morte.



Songoma é uma espécie de xamã é um vidente que usa ossos, conchas e búzios para realizar a leitura, pode jogar no chão ou em um circulo de palha, na foto ele usa um tapete, também são bons curandeiros.


        Sangoma é um Zulu termo que é coloquialmente usada para descrever geralmente todos os tipos de curandeiros tradicionais da África Austral, há diferenças entre as práticas: um inyanga está preocupado principalmente com medicamentos feitos a partir de plantas e animais, enquanto um sangoma depende principalmente de adivinhação para fins de cura e também pode ser considerado um tipo de caixa de fortuna. Nos tempos modernos, com o colonialismo, urbanização, têm obscurecido a distinção entre os dois e tradicionais curandeiros tendem a praticar ambas as artes.






  1. Nkisi. Inquice é o mesmo que orixá nos candomblés de Angola e do Congo. No panteão dos povos de língua quimbunda originários do Norte de Angola, o deus supremo e criador é Nzambi ou Nzambi Mpungu; abaixo dele, estão os Minkisi ou Mikisi (plural do termo quimbundo Nkisi, "receptáculo"), divindades da mitologia banta.




NGANGA É EGUM



                                                    Mascaras Nganga usadas nas festas

Todas Culturas, todas religiões, desenvolveram teorias e mitos sobre a origem do Universo, Estes relatos ricos em detalhes convencionou-se chamar de cosmogonias.
A Filosofia de vida Iorubana, prega o respeito mútuo entre todas as formas de vida, que habitam nosso planeta, buscando o perfeito equilíbrio entre o homem e a natureza. Xirê. A palavra traduzida muitas vezes como “roda” ou “dança” evoca a elaborada organização das forças da natureza que nasceram com a criação do mundo. Em acordo com a visão Iorubana, que resinificou a Matriz Africana no Brasil, num determinado momento do ciclo do Universo, a luz, substância Dezesseis Orixás, os quais sucedem-se na sequência chamada, por alguns antigos, de origem do universo, que se concentrou, adquiriu consciência de espaço e se expandiu. Essa explosão e a consequente fragmentação da luz, para nos Iorubanos conhecida no Itan da Criação, aonde a mente de Olorúm , explode espalhando sua energia e pensamentos(Consciência), criando o universo. Conhecida pelos meios científicos como Big Bang, deu lugar a uma trindade: Luz, Consciência e Energia. As três se expandiram ao mesmo tempo, de forma unificada. Entretanto, enquanto Luz e Consciência progrediram em forma linear e paralela, a Energia foi perdendo intensidade e adquirindo densidade, afastando-se cada vez mais de seu ponto de origem, criando uma curva descendente da qual, vem formando os planetas e estrelas, juntamente com todos os corpos celeste, nasce o Xirê, a manifestação de toda vida na Terra.
Para entender essa dinâmica fenomenal dos Orixás percorre os quatro elementos numa em forma de circulo infinito, que inicia com o Fogo primordial em Elegbara, originário do centro da Terra, para chegar em Oxalá. A grande síntese da luz no Ar, divide-se em 4 quadrantes, seguindo num sentido anti-horário. No Primeiro Quadrante: do Fogo. Os Orixás de Fogo – Elegbara, Ogum, Oxumarê e Xangô – percorrem o caminho da criação à cristalização. Marcam a origem, o ponto de partida. Dão início à sequência dos 16 Orixás a partir do quadrante sul do Xirê. Daqui os outros seguem, no sentido anti-horário, a trajetória pelos quatro pontos cardeais. A explosão do Magma incandescente(Elegbara), que vai se espalhando e obtendo formas(Ogum), começa a resfriar, liberando vapor(Oxumarê) até solidificar e formar terra e rochas(Xangô).


Seguindo para, O Segundo Quadrante: da Terra. Os Orixás da Terra – Obaluaiê, Oxóssi, Ossãe e Obá – representam a realidade física e concreta da vida. É o ciclo da saúde e da subsistência. Ponte entre o Fogo e a Água, os Orixás da Terra ocorrem numa sequência que vai alterando seu teor de Água, do mais seco ao mais úmido. A Terra fértil, começa a ganhar as primeiras formas de vida(Obaluaiê), Surge a vegetação e os animais(Oxóssi), a vida se expande(Ossãe/Ossain), começa a diversificação de espécies(Obá).
Passando ao Terceiro Quadrante: da Água. Os Orixás das Águas – Nanã, Oxum, Iyemanjá e Ewá – são relacionados com todas as emoções. Eles seguem o caminho natural das Águas, das nascentes ao mar e à evaporação. Encontram-se ao norte do Xirê, em oposição ao Fogo do sul. Se o ciclo do Fogo é associado com a potência, o ciclo das Águas traz a consciência, criando o equilíbrio das dualidades. A umidade anteriormente espalhada(Obá), forma os Pântanos que dão condições de surgimento da vida humana( Nanã). Agua que pelo processo de resfriamento brotam da terra e correm (Oxum) em direção ao grande oceano ( Iyemanjá), que regula as estações (Ewá). 
Seguindo para o Quarto quadrante: do Ar. Os Orixás do Ar – Iansã, Tempo, Ifá e Oxalá – vão perdendo sua representação física. Depois de Oya, que é o movimento do ar(vento), só podem ser percebidos com a mente e a sensibilidade espiritual

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